terça-feira, março 02, 2010

Perdi-me e agora achei-me

Perdi-me onde te achei.
Já não sei onde começas tu
E acabo eu.

Já há algum tempo
Que meu nome perdeu a doçura nos teus lábios,
O “Amo-te” morreu na minha boca
E tu observaste, julgando-me louca.

No lúgubre passar da parada,
Onde meus sentimentos morrem,
Teus ardem.
Tudo começa onde acaba
E os meus acabaram onde os teus começavam.

Quando o amor se torna ódio
E a ira gera o desespero,
Por muito que rastejes não te volto a dar a mão,
Não me perco mais em ti,
Quero encontrar-me
E poder dizer que sobrevivi.

Por entre os devaneios de minha agonia,
Os da tua felicidade adquirem vida
E por entre as minhas virtudes
Tuas inseguranças aludem.

A penumbra negra de meus pensamentos
Sobrevoam a tua mente,
Só quero que tudo acabe,
Não passas de um entrave.

Agora espero que a chuva me lave,
Que leve todas as impurezas
E me limpe os pecados.
A Nirvana que me percorre o corpo,
A fúria que te percorre a alma,
A Paixão que morreu onde eu nasci.

Nasci para ser livre,
E assim morri,
Para renascer longe de teus braços
E perto de meus retraços.

Irei eu queimar no inferno emocional
Que concebeste para mim?
Aos teus olhos sim,
Mas nos meus, agora sou livre.

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