quarta-feira, abril 21, 2010

Paixão mata a Razão

A vida é feita de circunstâncias. O destino não passa da associação das mesmas traduzidas num fado por vezes surpreendente apesar de ser o fruto de varias situações. Essas são tomadas por nós, daí deriva a ideia de que o destino não é um fruto do acaso. Logo, nada pode ser simplesmente fruto do destino visto que o primeiro é fruto das escolhas que tomamos e do que edificamos.



Não há sucessão lógica para o teu aparecimento na minha vida, visto que, alguns dos acontecimentos lineares parecem aleatórios e uma real obra do destino onde nada é um acaso. Em ti a lógica perde-se, a consciência moral padece, tudo parece inconsequente e os limites da moralidade ficam ao critério da paixão.


És o Limite da racionalidade, para além de ti não existe mais nada, estendes-te para o infinito e abarcas toda a realidade, apertas, comprimes, suprimes e extraís toda a sublimidade do subconsciente. Todo o meu ser é teu.


O verão ardente desse teu doce olhar, ardendo num desejo mudo encontrando-me desejosa de o receber e o reclamar como se me pertencesse, indomável e insaciável nasceu selvagem para eu o tomar em meus braços e nunca mais o libertar.


Não me importo que não me olhes, me beijes, me abraces… só quero que me ames e fiques comigo, vivas comigo este amor platónico que sinto infindável! A nossa utopia, alusiva à felicidade, viver a teu lado, sonho que não acaba, esperança que não morre, paixão que começa onde eu nasci.


Nasci para ficar contigo e nada mais da vida espero, apenas o poder te ver, num lento vislumbre do paraíso onde uma força feroz me impele para o doce refúgio dos teus braços.


A Luxúria escondida reconditamente em cada toque teu, a atracão fatal para o abismo da eloquência, para me encontrar em ti e tudo o mais que julgava perdido.


Viveria insatisfeita se o destino não nos juntasse, o não descobrir o amor, o perder-me para nunca mais me encontrar, tudo aquilo que me transmites e que já não consigo viver sem.