terça-feira, março 09, 2010

Fado de um Viking

Ouve-se o farol,
O Nevoeiro alado surge
Embainhando todo o campo de batalha.

Uma última prece:
Que os deuses estejam connosco.
Nunca irei ver maiores horrores,
Mas morrerei em batalha
Juntando-me aos meus antecessores
Outrora levados vitoriosamente pelas Valquírias

De arma em punho,
Ouvem-se os clarinetes
E o vento silvando vorazmente
Impele-me para o meu tenebroso fado,
Morrerei honrado em batalha.

O inimigo urge na sua matança
De espadas sedentas bramindo aos céus
Por um deus desconhecido.
O silvar das armas cortando o ar,
O sangue jorrando na erva verde,
O silêncio quando nada mais restava.

Oh Freyja,
Acolhe-me em tuas asas
E leva-me por entre os ramos de Yggdrassil.
Abre os portões de Asgard
Para que estes guerreiros mortos possam desfilar
Acolhidos nesse nobre salão
Onde ferozmente irão lutar
Nesse dia fatídico onde o mundo irá acabar.

Ragnarock aguarda-me
E ao teu lado, meu valente Odin,
Não pestanejarei,
Em frente desse altivo estandarte
Asgard será vitorioso
Pois eu morri, honradamente, em batalha.

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