terça-feira, maio 27, 2014

Fina Flor

A mais fina flor
Educada ternamente no seio da ambiguidade,
Distinguindo-se pela simplicidade
E a pureza da mente.

Rica em beleza farta em delicadeza,
Pura e enxuta de qualquer pecado mortal.
Santa imaculada.
Fina Flor que não decaí.

Em amor se dá a quem a julga merecer,
Em amores se perde por quem deveria sofrer,
De pranto e amargura revoltados no peito
Enegrece fina flor em seu leito.

No amor continua a esperança
Na sua visão sem cura,
Idealista sentimentalista não cessa sua procura.

O tempo passa e degenera
E decaí, decaí fina flor, é tempo.
Solta as pétalas e abre-te flor
Que este sol não dura sempre.

Tudo que é puro mancha.
Deixa-te cair em luxúria,
O decaimento fatal dos amores e da ternura.
Abre as portas da libido e fecha as da mente.
És meretriz do teu próprio futuro.

Queima com a tua pureza que perdida e nunca achada
Te condena para sempre
Como meretriz imaculada.

domingo, agosto 21, 2011

My Loving Book



I don't know what hited me. I just know that all it's left is a book, and i will read it until the very end. Because that's all that's left when you do things you know you shouldn't be doing. Because you need to be patient and wait for what is best for you.

So whatever you do, don't jump into the tracks to catch a train that's moving, you can be lucky but you will eventually get hit by it.
Who dies in the end only fate decides but you will not escape the wreckage and the pain.

Wait. Patiently and Free. Because there's always another train, in another minute, hour, day, week, month or even year. But there is another train.

I only have a book from my only grandfather and i don't know if i will ever see him again because i jumped into the track. Now i'm stuck. With a book to read athousand times while i wait for a chance to see that lovely ageless face again and for another train to come.

The pages are never ending, every letter takes ages to savor, every sentence a reminder of my mistakes, every pharagraph a moment stuck in time when i was happy, every chapter what i loss at others expense. I know i have a lot of waiting in my way.
So i'm staying here where the tracks begin, and see my true life begin when my train finally arrives. 

Sinto-me Doente


Sinto-me Doente.
Doí-me a cabeça,
os ouvidos. a garganta,
as unhas, os cabelos
e tremo.

Tremo por me doer a carne por dentro.
A prutrefacção do inutilizado.
A vida se esvaia dos membros
quando a tua presença me é negada.

Tenho sede de esperança.
Tenho fome de ti.
Sinto a urge e vitalícia vontade
de uma brisa de toque teu.

Nao sei se vomite,chore ou desmaie.
Tenho o pensamento nevoado
e a visao turva.
A penumbra que se forma à minha volta é negra de sofrimento
obscura de solidao.
Acelera a decomposição do ser imaterial.

Doí-me a alma,
por sentir a relatividade da vida.
O irreal e o surreal assustam-me.

Preciso-te.
Abstens-me do limite da variabilidade,
fazesme sentir real e una.
Completamente absorta em emoção e sensação.
O abstratismo concreto do que sinto reconforta-me.
Exorta-me o espirito.

A realidade és tu.
A sensação és tu.
A minha visão és tu.
A minha doença de espírito és tu.
Amo-te.
Na realidade e na subrealidade
de tudo aquilo que me assombra,
de tudo aquilo que me aprisiona...

A minha prisão é a sapiência,
a incongruência da tua paixão.
Uma prisão de liberdade
que me prende irrefutavelmente à irrealidade.

Quero-te livre e inconsequente,
puro e real,
fantasiosamente ideal,
na intemporalidade de um momento nosso.

Sê tu mesmo.
Sê quem tu queres ser.
Ama-me.
E deixa-me ver-te novamente.

terça-feira, maio 31, 2011

Vulto

Um quadro de vultos
Ocultos ao olho humano,
Promíscuos e entrelaçados
Na intimidade que lhes precede.

Sentem-se ameaçados
Pela intriga e os mirones.
Mas dois vultos humanos não temem a morte.

Se não passam de sombra
Não tem identidade.
Amam sem preconceito e finalidade.

Nus, Puros, crus e inconsequentes.
Amam como sentem,
Sentem como se fossem gente.

No fundo são apenas dois corpos insaciados.
No amor e no sexo não existem regras nem espaços.
Sem embaraços,
Faz como os vultos incautos e deixa-me liberta.
Incerta do que nos precede.

Escreve a sangue no meu corpo,
Que este é apenas teu.
Quem lhe tocou morreu.
És o único a ter-me.
Serás o último a ver-me.

sábado, março 19, 2011

O Teu Cheiro

Tenho o teu cheiro na minha pele.
Findada a extravagância e a satisfação espiritual,
Restou apenas o teu odor no meu corpo.
Uma lembrança ínfima do que me pertenceu.

Sinto-me só entre os lençóis de cetim cor-de-rosa.
Não sei em que sombra te escondes,
Mas, esperarei o tempo necessário.
Apenas quero sentir o calor do teu abraço,
Sentir-me completa,
E repleta de uma imensa felicidade.

Raios de ouro tardio dispersos
Tocam na minha pele.
Carícias de uma estrela, nada me dizem,
Quero a delícia do toque teu.
Quero sentir a tua respiração no meu pescoço,
Enquanto me afundo em profunda fantasia.
Quero uma brecha de espaço intemporal,
Onde te possa amar indefinidamente,
Na eloquência de uma penumbra envolvente.

 Quero…
Quero e nada se cumpre.
Isto é o rugido de um desejo mudo,
Que não cessa em chamar por ti.
Continuo só, neste mundo
Que entristece e fica escuro.

Com o fim da esperança fecho os olhos.
Apenas os abrirei para ti.
Ninguém merece ver o amor que escondo
Apenas tu que me queres feliz.

Quando a Madrugada vier, fecha a janela,
E não deixes o orvalho congelar-me o corpo.
Anuncia a tua chegada, para que o meu amor por ti
Seja apenas teu e não doutro.
Os meus olhos são teus,
Neles ardem cristais de fogo.
Mas, se não vieres mais, deixa a janela aberta.
Para que o orvalho se forme
E mos congele, pois, nunca outro
Verá o fogo, que ficará azul, baço e morto.

sexta-feira, março 11, 2011

Luxúria Canibal

Tortura-me o espírito, 
Consome-me a alma,
Possuí-me o corpo,
A devassidão ingénua
De um desejo Louco.

O prazer momentâneo,
Geme-me dentro do crânio,
Lascivo, obtuso, animal, nu…
Cru.

Sexo, suor e sangue.
Amor, suor e loucura
Pura, instintivamente visceral.
Ópio negro que me percorre o corpo,
A Intensidade bruta sobre este abismo irreal,
Estado demente e subliminal.
O instinto animal,
Loucura total,
Gemidos libertados quando falta o… huuuuum…

Luxúria Canibal.

Esta Luxúria que me corrompe a carne,
Que me faz suar e desejar…
Imunda e blasfema me faz gritar
Inconscientemente nesta demanda espiritual.

Profana-me o corpo e lacera-me o inconsciente,
Mata-me de prazer como se fosse a última vez.
Quero-te corpo, alma e mente,
Demente no ardor dos actos.
Solta o demónio no meu corpo,
Rasga-me a pele e despoja-me do real.
Foi a minha morte.
Renasci animal.

sexta-feira, janeiro 21, 2011

Psycho

I just faced you with me
And you denied who I am
I’m an abomination of nature
And you silenced it up again


I know what’s hiding in me
You don’t know how to cope with it
I’m delusional and fictitious
And you made me fell again

You know me for what you wished for
Not for whom I really am

Chorus:
I’m just tired of pretending
This Psycho thriller is never ending
You’re just hiding my true self
I’m Psycho embrace it
Don’t make me fall again

I don’t know why I’m crying
Don’t make it any worse
Just roll over and fall to pieces
Bring the light and end the curse

I will break you till you’re numb
I will choke you into silence
I was made to destroy the pure
I was made without a cure

I can be what you wished for
If you accept who I am

Chorus:
I’m just tired of pretending
This Psycho thriller is never ending
You’re just hiding my true self
I’m Psycho embrace it
Don’t make me fall again