terça-feira, maio 31, 2011

Vulto

Um quadro de vultos
Ocultos ao olho humano,
Promíscuos e entrelaçados
Na intimidade que lhes precede.

Sentem-se ameaçados
Pela intriga e os mirones.
Mas dois vultos humanos não temem a morte.

Se não passam de sombra
Não tem identidade.
Amam sem preconceito e finalidade.

Nus, Puros, crus e inconsequentes.
Amam como sentem,
Sentem como se fossem gente.

No fundo são apenas dois corpos insaciados.
No amor e no sexo não existem regras nem espaços.
Sem embaraços,
Faz como os vultos incautos e deixa-me liberta.
Incerta do que nos precede.

Escreve a sangue no meu corpo,
Que este é apenas teu.
Quem lhe tocou morreu.
És o único a ter-me.
Serás o último a ver-me.

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