A mais fina flor
Educada ternamente no seio da ambiguidade,
Distinguindo-se pela simplicidade
E a pureza da mente.
Rica em beleza farta em delicadeza,
Pura e enxuta de qualquer pecado mortal.
Santa imaculada.
Fina Flor que não decaí.
Em amor se dá a quem a julga merecer,
Em amores se perde por quem deveria sofrer,
De pranto e amargura revoltados no peito
Enegrece fina flor em seu leito.
No amor continua a esperança
Na sua visão sem cura,
Idealista sentimentalista não cessa sua procura.
O tempo passa e degenera
E decaí, decaí fina flor, é tempo.
Solta as pétalas e abre-te flor
Que este sol não dura sempre.
Tudo que é puro mancha.
Deixa-te cair em luxúria,
O decaimento fatal dos amores e da ternura.
Abre as portas da libido e fecha as da mente.
És meretriz do teu próprio futuro.
Queima com a tua pureza que perdida e nunca achada
Te condena para sempre
Como meretriz imaculada.