Doí-me a cabeça,
os ouvidos. a garganta,
as unhas, os cabelos
e tremo.
Tremo por me doer a carne por dentro.
A prutrefacção do inutilizado.
A vida se esvaia dos membros
quando a tua presença me é negada.
Tenho sede de esperança.
Tenho fome de ti.
Sinto a urge e vitalícia vontade
de uma brisa de toque teu.
Nao sei se vomite,chore ou desmaie.
Tenho o pensamento nevoado
e a visao turva.
A penumbra que se forma à minha volta é negra de sofrimento
obscura de solidao.
Acelera a decomposição do ser imaterial.
Doí-me a alma,
por sentir a relatividade da vida.
O irreal e o surreal assustam-me.
Preciso-te.
Abstens-me do limite da variabilidade,
fazesme sentir real e una.
Completamente absorta em emoção e sensação.
O abstratismo concreto do que sinto reconforta-me.
Exorta-me o espirito.
A realidade és tu.
A sensação és tu.
A minha visão és tu.
A minha doença de espírito és tu.
Amo-te.
Na realidade e na subrealidade
de tudo aquilo que me assombra,
de tudo aquilo que me aprisiona...
A minha prisão é a sapiência,
a incongruência da tua paixão.
Uma prisão de liberdade
que me prende irrefutavelmente à irrealidade.
Quero-te livre e inconsequente,
puro e real,
fantasiosamente ideal,
na intemporalidade de um momento nosso.
Sê tu mesmo.
Sê quem tu queres ser.
Ama-me.
E deixa-me ver-te novamente.
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